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segunda-feira, 6 de abril de 2009

arrepio


depois de um dia exaustivo, mas muito prazeroso de trabalho, cheguei em casa e senti a falta dele.
procurei em todos os cômodos da casa e da minha mente. onde será que ele foi a essa hora da noite? – eu pensei.
fiquei preocupada com alguma possível recaída, com as influências das más companhias do bairro, com o seu espírito aventureiro e sem limites para viver intensamente o aqui e agora.
tentei não me preocupar e pensar que ele foi apenas espairecer um pouco para não enlouquecer trancado numa casa de 100m2.
procurei me distrair com outras coisas que me fizessem desviar dessa preocupação e que não me desintegrasse de ciúme.
li alguns capítulos de um romance que comecei recentemente, lavei a louça do fim de semana e assisti a um filme que estava no dvd, e nada de notícia dele.
a minha intuição já estava no nível nove de preocupaçao, quando resolvi vestir a primeira troca de roupas que encontrei pela frente, e saí descabelada naquela noite de céu cinzento e vento cortante, gritando desesperadamente pelo seu nome.
chorei, me culpei e não me perdoei por acreditar novamente na sua inocência .
já desanimada e sem esperanças resolvi voltar para casa e me preparar para o pior.
quando abri a porta , senti um arrepio no meu tornozelo. era ele, ronronando e me pedindo colo.

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