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quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

que mário?


antes era o mario prata, me lembro bem das noites em botecos que eu sempre olhava para a mesa cheia de universitários falando merda, e ele nunca estava lá. meu sonho era ser amiga de bar dele, daqueles amigos que só encontramos para cachaçar, você não sabe absolutamente nada da rotina do cara, a única coisa que se sabe é o bar onde encontrá-lo.
conheci o mario, na minha adolescência , quando li um livro publicado pela folha, das suas cem crônicas. daí namoramos anos, tenho todos os livros dele, o acho um espetáculo, nunca nos vimos, mas temos uma amizade literária forte. lembro de ter escrito um email para ele na faculdade, com uma esperança incrível de obter uma resposta, só queria tomar umas e jogar conversa fora com o meu escritor preferido no meu início do gosto pela leitura. tinha até ensaiado tudo o que iria dizer, mas a resposta nunca veio. ainda bem! Imagina uma fedelha querendo trocar idéia de bar com um velho cachorro do deserto? inimaginável.
a minha conversa com o pratinha ainda não rolou, mas um dia rola, ah se rola.
depois veio um tal de mário, o bortolotto. um amigo me trouxe um livro, dizendo que eu iria curtir o autor, que ós textos se pareciam comigo, eram peças do dramaturgo. eu lendo peças de teatro já é uma piada, mas gostei.
meu irmão encontrou um livro dele no meu quarto, e perguntou se eu que estava lendo o mário, aí eu me empolguei e perguntei se ele conhecia o escritor, ele disse que conhecia bem.
uma sexta qualquer recebi uma mensagem do meu irmão me convidando para assistir ao show da saco de ratos, banda do dramaturgo e também músico. para a minha surpresa , quando chegamos, meu irmão deu um caloroso abraço nele e eles trocaram muitas risadas, aí eu entendi o sentido do “conheço bem”.
senti a mesma vontade que tive em relação ao pratinha. fiquei fã do cara. no nosso primeiro encontro, como falar para um dramaturgo que não suporto teatro??? o meu medo de ser desmascarada a qualquer momento foi mais forte. travei.
fiquei como um graveto seco depois da nevada, “inotável”.
mas como tudo na vida tem um tempo, naquela época não estava preparada para o pratinha e ainda acho que tenho que me preparar para os próximos e admiráveis “mários”.
por hora ele se recupera, e eu me preparo para a conversa com o mário, o bortolotto.

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