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segunda-feira, 21 de junho de 2010

rosário

tenho um rosário de reclamações, reclamações napoleônicas e dantescas. ok, algumas até que ideológicas e significativas, e outras nem tanto ou nada tanto.
tipo aquelas etílicas que você discute com todo mundo na mesa de um boteco e nem sequer se dá conta do tempo e da razão que se perdeu para discutir sobre p... nenhuma.
ultimamente estou bem reclamona, reclamo no site reclame aqui, reclamo da falta de tempero na comida e às vezes até da falta de tempero na vida. reclamo também que o que mais aumenta na minha vida é o numero de gatos e a minha idade. um terror!
dia desses instituí um dia para reclamar, ficamos eu e um amigo também reclamão, reclamando horas, a única regra que impus era, reclamar da nossa e não falar mal da vida alheia,alguém específico eu quis dizer. tudo bem genérico.
reclamamos da copa, do excesso e da falta de trabalho, da vida, dos amores, dos ex, atuais e até dos futuros, do tempo, do calendário, da lei de escolha de canais fechados que ainda não foi sancionada, do garçom que demorava em nos atender, do leite derramado, da morte da bezerra, dos editais, dos apoios culturais que não conseguimos e até da mania que tínhamos de reclamar.
pareciam duas velhas de cem anos reclamando dos gatos, da artrite, da osteoporose e da incontinência urinaria.
reclamamos , bebemos, reclamamos e bebemos novamente.
que prazer era aquele “meodeus”, duas criaturas falando mais que a cobra do próprio homem da cobra, que ela fumava eu sabia, mas não sabia que falava tanto.
lembro-me exatamente do momento em que paramos de reclamar.
foi quando o luis fabiano marcou o terceiro gol, aí sim o silêncio tomou conta dos nossos pensamentos e da nossa mesa.

2 comentários:

Júlio Meloni disse...

um rosário, um calvário. acho que reclamando a gente se faz ouvir. ainda bem que o L.F. fez o gol, mesmo assim, vou continuar reclamando... huahuahu...

lu lopes disse...

e se não tivesse feito estaria reclamando até agora...