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domingo, 6 de março de 2011




"eu não caibo mais nas roupas que eu cabia".


é sempre assim toda vez que venho para casa da minha mãe.
me sinto meio gulliver, grande , espaçosa e fora de sinc.
o meu quarto intacto , a minha coleção de latas decoradas na ordem de sempre, a disposição dos móveis, minhas fotos, o papel de parede, a minha coleção de revistas e a cama com aquele edredon da minha adolescência.
a janela que o meu namorado da época jogava pedrinhas no meio da madrugada para fugirmos já não parece tão alta. eu nunca pulei, mas hoje se quisesse muito, acho que me arriscaria.
os quartos não tem mais aquela distância entre eles, os banheiros não são mais tão espaçosos.
tudo tão distante e tão perto. tão diferente e tão igual que chega ser assustador.
os meus amigos continuam me ligando e me visitando , como na época que eu fazia faculdade, e vinha passar férias na cidade.
e dessa vez não foi diferente, nenhuma alteração, nenhuma novidade, e por enquanto nenhuma surpresa, apenas o invevitável, a realidade.

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