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sábado, 8 de dezembro de 2012


odeie - me se puder

falar de mim?
ok, sou inquilina de alguns gatos exigentes, e sou escrava deles
como parte do pagamento do aluguel.
não, não tenho tempo para a minha vida pessoal, sou avoada sim, não guardo nomes.
aliás, qual o seu mesmo?
sim, falo gesticulano muito, interrompo as pessoas no meio
 dos raciocinios mais inspiradores.
sou egoista , tenho medo de crianças e choro com cenas de filmes que assisto
um milhão de vezes para chorar mais um milhão de vezes.
uso uma meia de cada cor por não nunca encontrar o par certo,
jogo o isqueiro dentro da minha bolsa enorme ao invés de colocar no bolso certo,
só  para ficar procurando enlouquecidamente toda vez que decido fumar.
tenho audição seletiva, só ouço o que quero, existem pessoas que acham isso um mérito,
 e não demérito.
tenho um coração gigante, uma capacidade de amar infinita, mas isso não está em jogo.
sinto uma necessidade quase incontrolável de que você acesse o que há de mais
estranho, insuportável e feio em mim, é mais forte que eu.
tudo bem potencializado, mas bem potencializado mesmo para eu alcançar meu objetivo.
ok, você nunca irá saber que eu sempre coloco as meias certas, e que tenho uma
organizaçao normal, nada doente, mas uma organização normal, e nem que sou tão escrava
dos gatos assim, mas a sua cara de pavor me dava um prazer quase infantil. o prazer de uma
criança ouvindo um conto de terror sabendo que depois terá que dormir no escuro.
eu quero que você fique com a minha pior parte, aquela que só eu tenho acesso
 nesse apartamento em algum lugar inóspito, de um bairro inóspito de uma cidade vazia.



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