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quinta-feira, 14 de abril de 2011


eu fui bem categórica na nossa última noite, e na nossa derradeira conversa.

achei que você tivesse entendido, mas aprendi como você funciona, você espera a poeira baixar para fingirmos que nada aconteceu depois.

durante muito tempo me deixei levar por esse ritual, aprendi a jogar e a me defender de você, com você.

ei, eu estava falando sério na última conversa a exatos oito meses , e essa dança não me pega mais. ok?

não sei o que você ainda está fazendo no meu sótão. eu te mandei embora. lembra?

e esses nossos encontros “ casuais”? só na semana passada foram três. cheguei até a pensar que era obra do destino, mas depois me convenci que ele não seria tão cruel assim.

o problema não são os encontros, e sim como me sinto. você me olha como se eu tivesse esquecido o texto e nunca tem ninguém para me dar a próxima deixa. triste. ainda me sinto culpada.

o último em frente ao masp foi forte, se você não tivesse me segurado pelo braço não teria te visto, mas não, você tem que escrever no outdoor: estou aqui !

e faz questão de me lembrar que talvez eu tenha dado o maior tiro no próprio pé que um ser humano pode dar.

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